Provações

Superam-se os níveis de ociosidade existentes na minha capacidade fisico-mental.  Rajadas de broncas são despejadas sobre mim e que para não sair voando, obrigam-me segurar em um poste próximo. A consciência pesada de quem sabe o que tem que fazer arruina todas as possibilidades de alegria momentânea. Sou todo o tempo cobrado sobre algo que eu não sei nem por onde começar...

Testam-me em diversas provas, em diversas situações, em diversos lugares, em diversas coisas - pois há coisa melhor para se cobrar além das coisas a que não nomeamos?- e assim vou crescendo e engordando, criando a máscara da ilusão de crescimento ilusório....

Consciente sou, estou, vou, (Aquela situação já me enche a paciência). Começo outra vez. Prometo ser diferente e indiferente comigo. Subo no pedestal da misericórdia (a cadeira da minha mesa), acomodo-me na poltrona da amargura (a almofada da minha cadeira), olho para as provações divinas (o conteúdo da prova), e me entrego a forças mais poderosas que a minha vontade (a preguiça)...

Tenho que enfim, reunir forças para poder erguer os olhos e pedir ajuda, pois só existe uma possibilidade de salvação: A aniquilação de forças tão vorazes como a preguiça; Levanto e encho uma garrafa com o elixir da vida e da disposição (água), e bebo pelo menos metade... Após alguns minutos de esforço descomunal, sinto que o efeito do elixir vai perdendo seu efeito, e a cadelinha latindo para passear parece agora um ótimo elixir reconfortante...

Deixo aquela provação para o lado. Sinto que o peso da consciência volta a me assolar...

Sinto que preciso estudar mais para aquele concurso!

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