Manhã atípica

Essa segunda-feira será lembrada para sempre na minha vida. Moro em Valparaíso de Goiás, a pouco mais de 30 quilômetros de Brasília, onde fica a universidade onde estudo. Para conseguir chegar no horário, às 8 da manhã, preciso acordar às 5, pois o trânsito não facilita. E hoje, meu relógio de pulso resolveu me acordar (o que é estranho: eu não o programei para realizar esse serviço). Preocupado, olhei as horas e eu já estava atrasado, 5:30. Bêbado de sono, resisto à tentação de voltar a dormir e me levanto. 

Nesse horário, funciono no modo automático: estou mas não estou, faço mas não faço, vejo mas não vejo. Nesse ritmo, visto a cueca, a calça, a camiseta, a meia e o tênis. Saio do meu quarto e escovo os dentes. 5:45. Tenho que sair, pois o ônibus passa no ponto 6 horas. Vou no quarto dos meus pais, pego o dinheiro da passagem, volto na cozinha e tomo um copo de leite, e saio.

Quando saio de manhã, costumo olhar para o céu, observar o estado das nuvens, testar a solidez do chão... Coisas para atestar que aquele é um novo dia. Me arrastando por causa do sono, vou andando para a ponto. Não é longe da minha casa. Devem ser uns 200 metros, coisa pouca que fica muito quando se está com sono. Está tudo muito estranho. Não vejo gente, não escuto cães nem carros. Algo está muito estranho MESMO. 

Chego na parada. Não tem ninguém. Só posso ter perdido o ônibus. Que horas são? 3:55. Shit! Olhei as horas beeeem errado... Volto pra casa pra terminar de dormir...

Nota¹: Acordo morto, vou pra parada, pego o ônibus, me acomodo e durmo. Acordo no meio da viagem com um barulho forte e seco: um carro bateu no ônibus por causa do engarrafamento. 

Nota²: Cheguei na faculdade 8:40. É. 

Nota³: Ainda estou com sono. :P